Ela foi impulsionada pelo crescimento em países emergentes e houve um aumento na demanda europeia e uma redução geral nos preços, apesar da queda no ritmo de expansão na China. A capacidade mundial fechou o ano em 505 GW, alavancada pelo continente asiático, líder para novas instalações. Tais números mostram que a tecnologia de energia fotovoltaica se tornou a que mais cresce no mundo, com mercados em escala de gigawatt em um número crescente de nações.
Embora ainda sejam necessários suporte e políticas públicas e regulatórias de incentivo para o setor na maioria dos países, o interesse em sistemas energéticos mais competitivos, de melhor eficiência e renováveis está crescendo rapidamente. A categoria de grandes consumidores comerciais desempenhou um papel importante na expansão e implantação de usinas fotovoltaicas e de outras fontes renováveis para suas operações, além da modalidade de autoconsumo, a qual permaneceu como um grande impulsionador do mercado para sistemas de geração distribuída em diversos lugares, principalmente nos Estados Unidos e na Europa. O Brasil vive algo similar, com a expansão exponencial de sistemas distribuídos, mas em uma escala bem menor.
Outro dado interessante é que ao final de 2018 pelo menos 32 países, representando todas as regiões do globo, possuíam uma capacidade acumulada de pelo menos 1 GW cada um. Nesse sentido, a energia fotovoltaica vem desempenhando um grande e crescente papel na geração de eletricidade para diversas regiões, até na forma de desenvolvimento social e econômico. Somente neste ano, em relação à geração total, a fonte solar respondeu por 12,1% em Honduras, 8,2% na Itália e na Grécia, 7,7% na Alemanha, 6,5% no Japão e uma em cada cinco residências na Austrália produziu ao menos uma parte de sua eletricidade através do sol. Além disso, havia capacidade suficiente em operação em todo o mundo para gerar, por ano, em torno de 640 TWh (640 bilhões de kWh) de eletricidade, o que representa cerca de 2,4% da geração global anual.
Pelo sexto ano seguido a Ásia ofuscou todas as outras regiões em termos de novas instalações, apesar de diminuições nos três principais mercados da região (China, Índia e Japão). No entanto, apenas a China respondeu por cerca de 45% das adições globais, contribuindo para o domínio asiático, seguido pelas Américas em termos continentais, alavancadas pelos norte-americanos. Os cinco principais mercados nacionais, responsáveis por cerca de 78% da capacidade recém-instalada em 2018, foram China, Índia, Estados Unidos, Japão e Austrália, seguidos por Alemanha, México, Coreia do Sul, Turquia e Holanda, os quais responderam, juntos, por 11% das novas implantações.
Por fim, apesar de “novas nações” terem se destacado pelo aumento no número de instalações e consequente capacidade de geração, os países líderes em capacidade acumulada ainda são aqueles “mais tradicionais” e pioneiros do setor, conforme representação abaixo.
É válido destacar que o crescimento global do setor não se restringe apenas a números de novas instalações e capacidade instalada, mas também, ao desenvolvimento de novas tecnologias e processos produtivos. É imprescindível que se tenha como objetivo a otimização de recursos e materiais para que a presença dos sistemas fotovoltaicos se consolide cada vez mais, estabelecendo a fonte solar com uma das mais importantes dentro da matriz energética mundial.