Os dados citados a seguir, obtidos do Atlas Brasileiro de Energia Solar, publicado em 2017 pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), confirmam essa constatação e a percepção geral de que a energia solar tem tudo para se tornar umas das principais fontes energéticas complementares brasileiras.
Para exemplificar, seria possível gerar mais energia na localidade menos ensolarada de nosso território do que aquela de maior irradiação da Alemanha, um dos países líderes e mais expressivos do setor fotovoltaico.
> Em termos de irradiação global horizontal por dia, a média brasileira varia de 3,5 kWh/m² (majoritariamente em partes da região sul) a 6,25 kWh/m² (interior nordestino).
> Considerando o país como um todo, a média diária é de 4,9 kWh/m², equivalente a cerca de 15 bilhões de GWh por ano (1 giga-watt-hora = 1.000.000 kilo-watt-hora).
> Com um rendimento conservador de 80% para um sistema gerador fotovoltaico, o potencial anual fica em torno de 12 bilhões de GWh.
Além disso, de acordo com o Anuário Estatístico de Energia Elétrica para o ano de 2017 da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Brasil apresentou um consumo de 467 mil GWh, e confrontando este dado com o anterior, pode-se concluir que o potencial solar brasileiro de geração equivale a mais de 25 mil vezes a energia consumida em todo o país. É claro que esta análise é apenas teórica, até porque seria inviável e imprudente considerar todo o território brasileiro coberto por módulos fotovoltaicos, seja no solo ou em cima de edificações, mas é possível se ter uma ideia quantificada do potencial que o país apresenta para a fonte solar ao se usar uma pequena parcela do que o sol proporciona para a geração de energia elétrica.