Ponto de conexão e distribuição interna

Uma vez instalado e em funcionamento, o sistema opera com a produção de energia a partir dos painéis, passando pelos inversores e por fim, sendo injetada na rede da unidade consumidora através de seu quadro geral no ponto de conexão.

Nessa última etapa, logo após as proteções CA é que ocorre a ligação com a rede interna do local, fazendo com que a usina fotovoltaica própria atue em paralelo com a rede pública de energia elétrica da concessionária.

Uma vez conectado à rede da localidade, o sistema permite o consumo imediato pela unidade consumidora e escoamento de um eventual excedente para a rede externa. O equipamento que contabiliza a injeção de energia na rede bem como o consumo interno é o medidor de energia instalado pela distribuidora, que por ser bidirecional, computa ambos os registros, nos dois sentidos (entrada e saída).

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Medidor de energia

Popularmente conhecido como relógio de luz, está instalado no padrão de entrada - ponto de interface entre a rede pública e a distribuição interna da unidade consumidora.

Tem como responsabilidade contabilizar a quantidade de energia consumida na unidade consumidora. Nos casos em que ela é também geradora (quando há um sistema solar instalado, por exemplo), trata-se de um medidor de energia bidirecional pois deve registrar tanto a energia excedente injetada na rede nos momentos em que a geração é maior que o consumo, como a energia consumida da rede nos momentos em que a geração própria não é suficiente ou não está presente. Dessa forma, compila o fluxo que passa de um lado e de outro. Com o registro mensal destas informações, o saldo energético para o período é obtido de forma automática, sendo refletido na conta em cada mês.

A energia injetada é transformada em crédito energético, usado para abatimento da energia consumida (não é possível zerar a conta devido ao custo mínimo de disponibilidade). Os valores positivos remanescentes podem ser aproveitados no futuro, fazendo-se valer da diferença de radiação solar ao longo do ano, especialmente nos dias de chuva e inverno. Possuem validade de 60 meses e todas as modalidades de geração, como autoconsumo remoto e geração compartilhada, funcionam dentro da mesma premissa do sistema de compensação.

Por fim, um aspecto bem relevante dentro do contexto da geração distribuída. Esses medidores são especiais e devem substituir os equipamentos antigos quando da instalação de um sistema fotovoltaico. De acordo com regulamentações da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a troca deve ser realizada pela distribuidora local logo após a inspeção e aprovação da unidade geradora, sendo que para sistemas menores, de microgeração, ela é feita de forma gratuita, sem qualquer ônus ao solicitante. Já para os casos de minigeração, os custos são partilhados entre usuário e companhia elétrica.