Os dados citados na sequência, obtidos do Atlas Brasileiro de Energia Solar, publicado em 2017 pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em parceria com diversas universidades brasileiras, ilustram esta confirmação.
Os dados citados na sequência, obtidos do Atlas Brasileiro de Energia Solar, publicado em 2017 pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) em parceria com diversas universidades brasileiras, ilustram esta confirmação.
Apresenta os valores médios anuais para o total diário e o acumulado ao longo de um ano de dois tipos de irradiação solar, a global horizontal e a global no plano inclinado. Esta última considera a incidência solar sobre uma superfície com inclinação, em relação ao solo terrestre, igual à média da latitude do local em questão.
É interessante notar que a média da irradiação no plano inclinado sempre é maior que a horizontal e é exatamente por isso que, na implantação de sistemas solares, se diz que a inclinação ideal dos módulos fotovoltaicos reflete a latitude onde serão de fato instalados, pois assim recebem e produzem mais energia. Além disso, quanto mais distante da linha do Equador (linha imaginária que percorre o meio do planeta), mais nítida fica essa diferença na irradiação.
Em termos de latitude vejamos, como exemplo, a cidade de São Paulo, localizada 23º ao sul do Equador. A inclinação ideal para os módulos, portanto, é justamente 23º. No entanto, nunca é demais ressaltar que, para instalações em telhados, é recomendável respeitar a angulação original da construção, sem criar esforços que não estavam previstos para as estruturas. Uma eventual perda de eficiência, nesses casos, será mínima e compensada com um painel a mais na instalação.
A respeito das regiões brasileiras, o nordeste é quem se destaca, demonstrando possuir o maior potencial solar do país, algo que já era previsto, e o centro-oeste e sudeste com resultados muito semelhantes entre si, refletindo a localização próxima que ocupam. Já a região norte apresenta valores próximos da região sul, fato não esperado em um primeiro momento, mas que se justifica pelas particularidades climáticas desta parte do território nacional, em que as chuvas e nebulosidade frequentes diminuem a irradiância que chega à superfície. E sobre o plano inclinado, a variação com relação à superfície horizontal torna-se ainda maior para o sul do país.